domingo, 13 de abril de 2014

Jano - Uma nova perspectiva

Um texto que fiz na virada do ano....Faz tempo que não posto nada aqui.

JANO

Gosto muito dos sentimentos que fim de ano e começo de Janeiro me dão. Fazemos promessas e lembramo-nos daquelas que não fomos capazes de cumprir por diversos motivos. Lembramos e imaginamos coisas mil. É aquele período em que somos postos entre o que fizemos no ano que passou e o que faremos no ano que se mostra à nossa frente. Pensamos, planejamos e refletimos tudo o quanto passamos e queremos passar, ponderando aquilo que desejamos e aquilo que alcançamos. Eu realmente gosto desse clima.
E por mais que pareça algo muito nosso, cidadãos do mundo do amanhã, isso não é um mero clichê desse tempo. Não é de hoje que pessoas fazem as mesmas promessas e desejam os mesmos votos, ou simplesmente colocam suas vidas em uma espécie de balança a cada vez que o ano vira. A História nos mostra que isso é coisa de muito tempo: os poderosos romanos cultuavam um deus que representa bem essa situação: o deus Jano.
Jano era o deus das portas, dos começos, dos finais, observador e orador notório, além do fato de ter duas faces, das quais uma, nova e jovem, olhava para frente e uma, velha, que olhava para trás, apresentando uma perspectiva ampla de tudo o quanto via. O mês de janeiro foi inspirado em seu nome (Ianuarius).
E como isso me levou a pensar. Nesses tempos de virada, somos todos "Janos": Olhamos para trás e vemos as dores, vemos as marcas, vemos as aventuras e as conquistas feitas, e, perante nossos atos, erros e acertos, nos perguntamos os motivos de agirmos como agimos e vemos se algo valeu mesmo à pena. Normalmente, reparamos como tudo passou muito rápido. 
Ganhamos uma velha face, como a de um senhor de idade que vê fotos antigas e lembra-se de quando, como e por quê aquelas fotos foram tiradas, além de lembrar-se de como se parecia na época, como pensava e o que sentia.
Assim como senhores de idade, lembramo-nos de como fomos felizes em alguns momentos ou tristes em outros, lembrando ainda daqueles que ajudaram a tornar tudo isso realidade.
Vemos o quanto caminhamos e como os amigos, sejam os novos ou os de sempre, foram importantes em nossa caminhada. Vemos passar diante de nós os momentos em que precisamos de força para superar algumas coisas, e percebemos que, em muitas vezes, tudo era uma "tempestade em um copo d'água" e, por fim, vemos que fomos mais capazes do que nós mesmos imaginávamos.
Também ganhamos uma face nova, que olha para frente, e contempla as 365 novas oportunidades que um ano novo oferece. Imaginamos o que o tempo nos trará e se realmente teremos tempo para fazer as coisas com as quais sonhamos. Traçamos planos e metas, ficando desejosos, ou não, por um aniversário, por uma oportunidade, por mais histórias, por mais coragem em determinadas situações ou por um amor.
Olhamos para o futuro e nos lembramos de que somos humanos, afinal, ser humano é imaginar e fazer novos universos a partir do nada. É ser capaz de transformar nossas realidades a partir de probabilidades nulas.
Enchemo-nos de novas esperanças e de novos planos, e o ano que começa se torna algo promissor. Um mundo de coisas acontece dentro de nossas mentes ao pensar nesse assunto.
E assim como o que acontece por dentro, gosto também de pensar no que ocorre por fora, nas pessoas, no que sempre acontece nesses começos. Promessas são feitas em grupo como "vou emagrecer" ou "vou ficar belo esse ano", pratos especiais são feitos em nome da sorte e eventos à beira-mar são concretizados nos primeiros momentos do ano em nome, também, da sorte. Ou roupas brancas, ou uma variação delas, dependendo do que deseja no ano que se aproxima, são vestidas, para quem sabe ter um pouco mais de qualquer coisa que são alvos em comum. Além da "aposta do ano", que promete muito dinheiro.
Tudo em nome de nós mesmos. Do "eu". Dinheiro, sorte, sucesso, prosperidade, amor e muitos outros estão sempre no topo da lista de coisas a serem feitas no decorrer de um ano. Isso sempre se repete e não é novidade.
Mas, refletindo um pouco melhor, vejo como tudo se mostra um pouco egoísta.
Não digo que desejar boas coisas para si mesmo seja algo ruim, porém, a grande pergunta é: Como tudo isso afeta a mim e as pessoas que estão ao meu redor?
Desejamos dinheiro, mas a primeira ideia, se ele vier, é sumir do mundo e gastar tudo em si mesmo.
Desejamos amor, mas nos esquecemos de gestos amorosos que poderíamos ter.
Queremos sucesso, mas esquecemos do quanto tornamos o sucesso dos outros um caminho difícil de trilhar.
É curioso como, nos desejos, somos egoístas e todo ano a mesma coisa acontece: desejamos coisas e não lutamos por elas, ou não tornamos essas coisas algo possível aos outros. Sentamos e esperamos que nós, e somente nós, recebamos aquilo que pedimos.
Não acredito que as coisas funcionem assim. 
Acredito que um ano novo realmente nos ofereça novas oportunidades sim, mas novas coisas também devem ser feitas. Quem sabe, abraçar alguém que precise, ou deixar de lado o consumismo e ir visitar um parque durante um dia. Lembrar que outras pessoas existem e que, às vezes, esperam apenas um "bom dia" ou um "me desculpe" também pode ser algo de valor.
Deixar um pouco os preceitos e preconceitos e rir com alguém que outrora parecia ruim. Ser alguém melhor realmente, não só para você, mas para o mundo ao seu redor.
Vejo que muito se fala que o mundo não é gentil ou amoroso, e nesse final de ano uma das pedidas, na certa, é por um mundo melhor, mas que pouco é feito em nome disso. Olhe em um ônibus, metrô ou lugares públicos: pessoas mergulhadas em fones de ouvidos ou olhando a diferença de outros com olhares de juízes impiedosos, e são raros os que falam, e ainda mais os que puxam assuntos com pessoas diferentes.
Somos egoístas e esse é o motivo do mundo ser o que é.
Por fim, que quero dizer com tudo isso?
Que não só o ano nos traga boas coisas, mas que nós mesmos nos movamos em direção de fazer algo de bom.
Que não só queiramos amor, mas que demos amor.
Que não só queiramos sucesso, mas que façamos coisas pelo sucesso alheio, e o que for preciso para que outros sejam felizes.
Felicidade. Esse é um bom objetivo e desejo de ano. Que seja de todos, por todos e para todos. É uma roda, na qual não há começo, meio ou fim: fazer dos outros pessoas mais felizes é também fazer a si mesmo. Ser feliz é humano. Humanidade, nunca houve tanto sentido nessa palavra.
Que o ano traga essa novidade, a diferença, a mudança, e que ela seja humana em todos os seus conceitos.
Sorria para alguém triste, cante músicas com aqueles que ama, repare os detalhes daqueles que pedem um pouco mais de atenção. Faça as pazes. Seja mais tolerante. Abrace mais. Ria mais. Odeie Menos. Consuma menos. Gaste mais tempo vivendo boas histórias. Reclame menos do sistema, mas transforme-o. Dê alimento a alguém que sente fome e se possível uma palavra que ajude. Pense um pouco menos e faça um pouco mais, pelo mundo e por você. Sinta-se melhor e viva cada dia como se fosse único.
  E que sejamos, sempre, melhores que ontem e piores que amanhã.

Feliz, e muito feliz, ano novo.


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A máquina de fazer histórias

  Em eras de tablets, iPod's, iPad's e smatphones, tudo parece muito mais fácil, mais rápido, e pode ser feito cada vez com menos esforço. Compartilhamos informações e as achamos com velocidades recordes, tudo no alcance de um toque. Ok, mais um texto de quão rápida e incrível é a tecnologia e a sua capacidade de se melhorar numa velocidade incrível...mas meu foco vai um pouco além desse simples detalhe.
Eu, como amante da escrita e leitura, fiquei intrigado em como hoje as pessoas consigam transmitir e receber informações de uma forma tão simples e rápida, e me perguntei: como era antes?
Confesso que é um tanto difícil de imaginar nossas vidas sem as quase sistemáticas atualizações de status no perfil das redes sociais,ou como ficariam os passeios a parques e shopping, sem antes marcar todos os amigos que você gostaria que fossem, e o que seria dos casais apaixonados, sem as milhares de mensagens de texto trocadas em frações de segundo para dizer um “eu te amo”. Nossa vida tem mudado desde essas coisas.
 
Como sempre gosto de fazer, fui perguntar aos mais velhos: Como era quando você era mais jovem? Como se relacionavam? Como diziam que amavam alguém? Acho que era um jeito um pouco mais legal do que simplesmente jogar no google.
Bom, minha resposta foi um tanto triste. Quando falei com minha avó — primeira fonte de pesquisa —, ela disse que não teve muito tempo de se relacionar com as pessoas, exceto as que trabalhavam com ela, que era até o caso do meu avô. "Eram tempos difíceis...namorar e ir a bailes era um luxo". A vida nas fábricas nunca foi muito grata, sabe?
Já quando perguntei a minha mãe — outra fonte —, a qual tinha passado por tempos melhores que o de minha avó, ela me contou uma história, que ao contrário de minha avó, foi engraçada.
Ela, quando jovem, havia ganhado uma máquina de escrever, e com aquela máquina — hoje o que muitos chamam de “geringonça” — ela escrevia longas cartas perdidamente apaixonada por artistas, ou bandas, e até para o que seria, futuramente, meu pai. Seus passeios, quando o dinheiro dava, eram sempre para o mesmo lugar, e eram combinados com duas ou mais semanas de antecedência, por meio dessas cartas. Ah! Aquilo me fez rir muito.
E nesse último natal de 2012, algo parecido aconteceu comigo: ganhei justamente uma máquina de escrever de um tio meu, que a tinha parada e jogada em um canto da casa. Não foi bem um presente: insisti até que me desse!
Ninguém sabia muito daquela máquina, a única coisa que se sabia, porque estava escrito em letras cromadas a frente era sua marca: Royal. E todos que viram aquela coisa coberta de poeira, como primeira reação, torceram os narizes. se foi de nojo ou para não aspirarem a poeira é mistério que ficará para sempre. Mas eu a tinha em minhas mãos: uma máquina de escrever legítima, manual, perfeita — pelo menos para mim.
Limpei-a com todo o cuidado do mundo, ansioso para começar a usá-la quase que imediatamente. Meu pai e minha mãe tiveram que me ajudar quanto ao uso e manuseio, afinal era um objeto “fora da minha época”.
Minha curiosidade não foi somente até a máquina mas pensei onde ela possivelmente tinha passado, quem tinha usado e em que situações, e com que fins. Isso me consumiu uma noite inteira de pensamentos cheios de entusiasmo.
         E é justamente aí que o passado e o presente ficam unidos entre si: tive que fazer uma pesquisa caprichada na internet para saber de onde viera aquela que, a partir daquele instante, seria minha companheira de escrita.
E foi grande a minha surpresa! Eu tinha em mente que ela pertencia aos anos 80, época dos meus pais, mas não foi bem isso: descobri que ela era do ano de 1954, ou seja 59 anos de idade.
Eu fui à loucura. Imaginei onde aquela coisa tinha andado, e li em algum lugar que ela era a preferida de muitos jornalistas, e famosa entre eles, e imaginem comigo: eram os anos de Guerra fria, pensei que ela podia ter publicado os Discursos de Khrushchov, ou a Revolução Cubana em 1959... Notícias que entraram para história!
Aquela máquina era exatamente o que eu sempre sonhei para meus escritos, e que tive do "Tio" Noel: uma máquina pra fazer histórias, que muita história já tem.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Feridas, sorrisos e remédios

   É engraçado como nós mesmos nos surpreendemos com poucas coisas. Coisas pequenas, esquecidas, que foram propositalmente jogadas fora.
Eu havia dado uma boa parada nas postagens aqui no blog, mas por causa de uma pessoa, decidi acessar pensando "Ah, é só uma olhadinha".
Logo de cara, a primeira frase que vejo é uma frase que eu mesmo escrevi e que hoje faz todo sentido: "Não importa quantas coisas você já tenha passado, e sim como você lida e aprende com elas!" Fiquei pensando nessa frase. Como ela tem real sentido.
Sempre me achei uma pessoa — razoavelmente — madura, ou que sabe lidar com problemas razoavelmente bem. Alguém que havia aprendido a superar problemas da forma mais “adulta” possível. Sempre me considerei na média.  
Mas o mais incrível em nós, seres humanos, é a nossa capacidade de enganarmos a nós mesmo de forma tão convincente, afinal, quantas vezes você não disse que "Nunca mais isso...” ou “De hoje em diante...”, ou ainda “Daqui para frente...",  fazendo mil promessas e simpatias, remédios que tomamos e que juramos que irão funcionar.
E foi exatamente o que aconteceu: você errou no mesmo ponto. Isso não foge à realidade de ninguém...ninguém mesmo. Não é fácil.
A "Grande Questão" é: não temos aprendido com nossos problemas. Estamos apenas cauterizando os nossos machucados.
Sabemos que a vida nos derruba quase sempre, e que sempre nos machucamos nesses tombos, e da mesma forma, sabemos que a cura, às vezes, exige remédios que doem, mas que curam de verdade. Mas mesmo assim, negamos a cura, por apenas esquecer e tentar ignorar mesmo que doa. Compensa? Bom, não acho.
Acredito que só fazemos isso por um motivo: a dor nos faz sentir vivos, nos faz sentir na carne e no sangue o calor de sermos humanos. Assim, nos enganamos uns aos outros, amamos "de mentirinha" e nos deixamos ser amados da mesma forma, mesmo sabendo que tudo aquilo não passa de uma tortura para nós mesmos. Torturas em que submetemos a nós mesmos o papel de torturadores e torturados, ao mesmo tempo. Cortam em suas bocas sorrisos eternos, doí, mas pelo mesmos..."somos felizes do nosso jeito". Elas estão ali, as feridas, mas nada é feito.
  Não exige uma pílula da felicidade ou que tire todas as suas dores instantaneamente, muito pelo contrário, tudo exige tempo, cuidado. 
Aprender e amadurecer com tudo isso dói? Sim. Tratar as nossas feridas pelo caminho certo, na maioria das vezes, traz algum desconforto. Mas como a frase diz, aprender com elas e saber contá-las faz parte, agora, o que VOCÊ vai fazer? Tratar e superar, ou ignorar a dor e fingir que é feliz?

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Minhas, suas, nossas...palavras!

Novamente o tema, mas julguei necessário!
 
Estive ouvindo hoje um texto de Guimarães Rosa chamado "Famigerado". Devo confessar que a leitura não é uma das mais fáceis, mas conforme o texto corre as dificuldades vão sumindo. Mas o que mais me interessou no texto em si não é como ele é escrito, apesar de ser esse um dos objetos que constroem todo o cenário da leitura, e sim a lição que tirei desse texto parece se rum pouco mais profunda.
 O texto trata dessa palavra "Famigerado", como o título já o sugere, mas o seu significado pode nos mostrar dois sentidos, um de caráter pejorativo, e outro com um sentido de elogio. Em um sentido, a pessoa se torna um ladrão, em outro, notável por seus atos ou vindo de boa família, variando ai somente o seu contexto. Segundo a história, quem difere esses sentidos é a personagem principal, escolhendo usar o primeiro, já que o Jagunço que o perguntava mataria aquele que havia lhe chamado daquela forma.
  Agora, temos tomado a mesma atitude do médico? Escolhemos mesmo que palavras usar? Ou que sentidos elas irão tomar? E quantas vezes a resposta para essas perguntas tem sido não? Quantas vezes falamos coisas, comentamos, ou apenas não escolhemos bem que palavras usar com as pessoas que nos rodeiam, e como esse tipo de atitude irresponsável  nos traz prejuízo em nossas relações pessoais. São fofocas, palavras de duplos sentidos, ou informações realmente falsas, usadas apenas para causar dano ao próximo. Quebramos relacionamento, fazemos inimizades, colhemos problemas, e em alguns caso, arranjamos brigas feias, simplesmente porque usamos mal, o que pode ser a nossa melhor ferramenta, ou nossa melhor arma.
  Não sei ao certo se ainda temos a noção de quão nocivas podem ser as nossas palavras, pois jogá-las ao vento simplesmente, sem pensar nos efeitos que isso poderia causar já virou um costume, afinal de contas, em terras que manda a Democracia e a Liberdade, fala-se o que quer, faz-se o que lhe vem à cabeça sem se importar com que as pessoas sentem ou pensam.
 Lendo um pouco sobre budismo, descobri que uma das suas leis prega A Perfeita Palavra, que é o fato de saber como usar, quando usar suas palavras, de modo que elas não sejam impensáveis e venham a causar maiores efeitos. Outra lei que aqui se aplica é a de não lhe tomar aquilo que não lhe foi dado, e num âmbito maior ainda do que os furtos, essa lei também condiz com a palavra.
  Enfim, se começarmos a pensar em que palavras usar, ou em quando devemos apenas não usá-las, o que mostra ainda mais destreza no uso da palavra, evitaremos assim situações e problemas desnecessários, pois de problemas estamos fartos...

domingo, 18 de março de 2012

"Porque existem amigos, mas chegados que irmãos..."

 Vi uma vez em um vídeo, desses que rodam pelas caixas de e-mail de todo mundo, no qual duas crianças brincavam juntas, e em determinado momento, havia uma espécie de obstáculo, que só seria possível um passar, já que esse era maior que o segundo. Mas foi nesse momento que eu fiquei mais chocado: o primeiro realmente conseguiu passar para o outro lado do obstáculo, porém, a grande diferença foi o fato de que esse mesmo primeiro que aparentemente havia deixado o seu amigo para traz, debruça sobre o outro lado do obstáculo, e se faz como um ponte para o que o próximo passe. Acredito nunca ter visto uma imagem tão linda em minha mente.
 Foi observando esse lindo exemplo que me fez pensar nos meus amigos, nas pessoas que mudam o meu dia, que na falta deles, a dor é certeira, e na sua presença, o alívio é certo. São eles, o seus amigos, os irmãos de outras mães, ou quaisquer que sejam os nomes que deem, sim são eles, as pessoas que se tem que manter perto.
 E como é feliz quem acha 1 amigo!
 É incrível como são bons os momentos em que gastamos várias horas rindo de besteiras, ou contando as mais loucas histórias através das madrugadas, uns nas casas dos outros, que aliás, foram as mesmas pessoas que viveram essas tais histórias,os verdadeiros amigos. Sem contar as idas a shoppings ou parques, sejam eles verdes ou os de diversão mesmo, cafés, cinemas, ou só a casa do outro mesmo,  são momentos que nunca, mas nunca mesmo se apagarão das memórias de todos.
 Porém, não foram somente bons momentos...houve momentos que brigamos, deixamos de nos falar, ou até mais. Aquela mensagem que você deixou de enviar, ou o feliz aniversário que você que esqueceu de dar, ou até mesmo amar a mesma pessoa, o que acaba por dividir o coração dos amigos.  E é aí que você se pergunta: Que tipos de amigos fariam isso? E Eu respondo: TODOS, afinal, não existe amizade de defeitos, e é isso que a torna tão perfeita, pois foi em momentos como esse que os verdadeiros amigos se mostraram. Quando tudo parecia ruim, e as suas forças estavam minadas, e um mundo de problemas está pronto para te derrubar, foi ali, que vi, amigos abrirem mão de estarem em outro lugar, para estarem com você, e quem sabe, enxugar uma lágrima sua, ou quem sabe, te dar aquele puxão de orelha que só os verdadeiros amigos sabem dar: com todo amor e delicadeza do mundo(mesmo isso variando um pouco).
 É quem segura na sua mão e te puxa para cima quando o fundo do poço virou seu lugar de dormida. É quem olha na sua cara, mesmo que você esteja ardendo de raiva e consegue te dizer: Você está errado! Além de ser a única pessoa que te diz quando você está realmente horrível com determinada roupa
 É por isso que hoje vejo como são verdadeiramente importantes na minha vida! São eles que estão sempre ali, sempre a acrescentar algo em sua vida, ao momento e a tudo. EU REALMENTE AGRADEÇO POR VOCÊS EXISTIREM.


João Gabriel de Paiva Leite

terça-feira, 6 de março de 2012

Coragem

 Existem certas situações da vida em que os problemas parecem ser muito grandes, em que a nossa força de reação parece impedida de agir, e somos preenchidos pelo medo. São testes, situações de relacionamento, questões consigo próprio, falta de dinheiro, um décimo de nota que você precisa na escola, todos esses problemas sempre parecem grandes precipícios a nossa frente
 Muitos dizem que o medo é uma sensação de alerta, e isso é uma ciência, algo quase incontestável. Mas como ele atrapalha as nossas vidas, e diferente de outras problemas, não se consegue ignorá-los, e então nos impedem de caminhar para onde queremos.
 E o que fazemos para batê-los?
 Uma palavra apenas: Coragem. E é incrível como essa palavra tem uma força incrível. A coragem é força de que precisamos apara agir, é ela quem nos tira do estado de dúvida, de aflição, e nos move em direção aos nossos objetivos sejam eles quais quer que sejam.
 O medo é exatamente o que diz o velho ditado: "cão que muita ladra, não morde!", afinal, o medo faz muito barulho, e nos assusta, de forma que achemos que nossos esforços não serão suficientes para vence-lo. É o chão que grita, falando que você não é capaz de se arriscar pelo que acha certo, e que nunca irá pular.
 Então olhamos para a altura em que estamos, para as circunstâncias , e que um passo, somente um passo, é o espaço entre o seu estado de medo atual e o seu objetivo.
 Certa vez, ouvi a seguinte frase: Os problemas são do tamanho das nossas forças, e quanto maior é o problema, maior é a força que temos para vencê-lo. E essa tem sido a grande frase que me motiva a viver, afinal, problemas, esses vão existir para os resto de nossas vidas.
 Então respire bem fundo, encha-se de coragem, tome certa distância, corra, pule e vença o seu medo, e por fim, veja o quanto você é forte, e quanto vale a pena ser corajoso, e que você só tem um medo: o de perder a coragem!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Erro?

  Idéia Da Letícia Rossini

  Minha História é muito simples. Acredito que uma história de um simples jovem qualquer. Uma paixão, claro. E que melhor fase do que juventude, não é? Fase dos sonhos, começo, por incrível que pareça, da verdadeira amizades. Uma fase em que tudo pode ser tão intenso, não importando o lado que essa tal intensidade possa puxar.  Tenho 18 anos, e uma vida comum, e devo confessar, vida comum é sempre sinônimo de rotina, afinal, quando sua vida é igual a de outras pessoas, tudo fica mais chato.
  Ah, mas "ela", ela é...ela é...quase indescritível. Tem um jeito tão único, seja no falar, no andar, e até de me tratar, que me tira da minha vida rotineira, pois são vários os momentos em que me pego perdido nos pensamentos com ela, sonhando acordado.
 Fizemos diversas coisas juntos. Muitas mesmo. Parques, praças, shoppings, cinemas, ou até mesmo uma chamada de celular, com ela, tudo parecia valer muito a pena. Ela é o tipo de pessoa companheira, que está ao seu lado o tempo todo. Não te abandona: sorri junto nos bons momentos, e chora e sofre nos maus momentos. Está sempre lá quando eu preciso.
  Ela não é a mais linda para as pessoas que a rodeiam, mas é para mim, e isso já é o suficiente. Não preciso de outras opiniões. Principalmente quando ela é o assunto, tudo parece muito certo. Mas algo me chama muita atenção: As pessoas estão acostumadas a um padrão, novamente, uma rotina, e por assim fazerem, menosprezam-na de forma a parecer que meu sentimento por ela é de pena, afinal, por não vestir a marca do momento, ou frequentar os lugares mais legais do momento, ela não seja...não sei...humana. Olham como se fosse de um outro planeta.
  Me disseram uma vez, que ela era um erro, um estorvo, um alguém que não me traria nada a acrescentar. Mas eu discordo! Ela não foi, e nunca será um erro. Já cometemos sim, erros, um com o outro, e esses foram diversos: brigas, discussões, momentos em que fingíamos não querer falar um com o  outro, mas que por dentro, estávamos loucos de saudade.
 Enfim, de tudo que já fiz, ou que já vivi ao seu lado, uma coisa eu sei dizer até agora: Ela é o meu maior acerto.